NIRVANA


  Há 17 anos atrás morria Kurt Cobain. Lembro que os garotos da minha rua, inclussive eu, detestavam Nirvana, por ser uma banda nova e que logo havia caído nas graças do mainstream. 

  Nas lojas era mais fácil encontrar o Nevermind do que qualquer trilha sonora de alguma novela da epoca, o Nirvana estava por todos os lados, não só o nirvana, mas uma cultura "grunge" bermudões xadrez, gorros listrados que iam da cabeça aos pés e um culto a tudo que vinha de Seattle. Na MTV, nas revistas especializadas, enfim, em toda mídia só dava Nirvana. Demorei para entender que havia algo ali, confesso que na epoca ainda estava radicalmente influenciado pelo metal dos anos 80 e pelas bandas de punk rock e hardcore californianas. 
 
  Depois do tiro que o próprio Kobain disparou em sua cabeça, veio mais uma longa safra póstuma de coletâneas, e o acústico MTV. Eu não aguentava mais!
 
 
  Mas um belo dia resolvi sentar e tentar assimilar alguma coisa do tal Nirvana, o ano era 1995 e o CD era o In utero, o terceiro e ultimo álbum de estúdio da banda. De cara tive que engolir todas as blasfêmias ditas em relação ao Nirvana, Pennroyal Tea soava para mim como um Jonh Lyndon enfurecido, foi ai que aprendi a aguardar o momento certo, ou ate mesmo forçar uma audição mais calma e detalhada  de qualquer trabalho que esteja em evidencia, seja moda ou não. 
 
  
  Hoje, como discotecário, me pego na vontade de incluir o Nirvana na playlist, mesmo que seja aquela musica mais clichê.


Kurt Donald Cobain (Aberdeen, 20 de Fevereiro de 1967 — Seattle, 5 de Abril de 1994)